Como pastor, vejo aqueles
que nascem em Cristo, através de minhas mãos, coo meus filhos. Amo-os e cuido
deles com dedicação e um preocupação. Algumas vezes vejo estes meus filhos
abandonaram o redil em busca de outras pastagens e fico orando por eles, pois
nem sempre estão prontos para partir. Outros partem nos deixando de braços
vazios e coração angustiado, temendo uma decepção, um desagrado que os afaste
vez da presença de Deus.
Quem é
pastor sabe que tem horas que nos sentimos determinados a cuidar destas ovelhas
e suprir-lhes todas as necessidades, cuidar delas para que não se percam,
senti-las próximas de nós. Muitas vezes, permito-lhes que saem por ai,
obedecendo seus próprios desejos de grandezas simplesmente por não ter como segurar-lhes
mais próximos de mim.
Assim é vida de um pastor. Cuida, alimenta, mas vê suas ovelhinhas tomarem rumos diversos, sem saberem elas qual será o destino final, se voltarão felizes, realizadas ou feridas e magoadas. Nosso papel como pastor é orar e esperar.
Assim é vida de um pastor. Cuida, alimenta, mas vê suas ovelhinhas tomarem rumos diversos, sem saberem elas qual será o destino final, se voltarão felizes, realizadas ou feridas e magoadas. Nosso papel como pastor é orar e esperar.
Ao
longo de meu ministério tenho visto muitas saírem e se multiplicarem, crescendo
e transformando-se em conquistadores do Reino de Deus, mas em outras
vezes, vejo-as decepcionadas, perdidas
mesmo em seus caminhos longos de volta. Muitas vezes temo este caminho, pois
sei que os maiores espinhos que elas encontram trilhando-o são o arrependimento,
a dúvida e as acusações do devorador que tentam afastá-las do Redil, que
obscurecem o retorno aos pastos verdejantes.
Oro por
cada uma sim. Espero-as com amor, mesmo quando digo que já não tenho
esperanças, mesmo quando todos acreditam que as esqueci, ainda espero, sentado
a beira do caminho, como o Pai do pródigo, temendo que este filho querido
demore mais e sofra sem necessidades.
Não
desanimo e aguardo... Dia após dia, noite após noite. Espero sonhando com seus
passos trôpegos, pensando em seus modos confusos de filho que ainda não
cresceu, mas que se julga pronto para viver sua própria vida longe da Casa do
Pai, longe dos braços paternos que o Senhor Deus lhes deu aqui na Terra.
Sou
pastor, mas sou servo, servo do Altíssimo e, como tal, vejo-me como despenseiro
de algo que não é meu, por isso minha responsabilidade é maior, pois um dia
irei prestar contas deste Rebanho que não é meu, mas que amo e pelo qual dou
minha vida e minhas energias, pois sei que são todos amados por Aquele que os
chamou e me escolheu para cuidar com amor e dedicação.
Hoje,
peço ao senhor que me dê forças para continuar a espera daqueles que partiram
mais voltarão e, ao mesmo tempo me orgulho dos que se foram e prosperaram em seus
andares, prosperando em sua jornada. E
peço ainda ao Senhor Deus que cuide das
ovelhas que estão crescendo debaixo de meus cuidados e que jamais se afastam,
mas que precisam ser lembradas que são também motivos de minhas preocupações,
de meus cuidados. Peço ao Senhor que cuide delas e de mim também, que estou
aqui de passagem, me preparando para com este Rebanho que foi
deixado aos meus cuidados, possa Naquele Dia estarmos juntos no Céu. Amém!