Jefté e sua atitude precipitada
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Jefté e sua atitude precipitada
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás , ó Deus" (Salmo 51.17)
Nossas
 atitudes mostram ao mundo e a Deus quem somos, como realmente somos e 
qual é a verdadeira situação de nosso amor próprio, de nossa confiança 
em nós mesmos e em nossa fé.
Nada
 que fazemos passa desapercebido pois nossos atos correspondem ao nosso 
sentimento. Por isto mesmo é muito importante, nós cristãos buscarmos a 
cura emocional também, não apenas a libertação espiritual. E esta cura 
se dá também pelo exercício da Palavra, mas algumas vezes devemos sim 
buscar ajuda de pessoas preparadas para lidar com as limitações de nossa
 Psique. 
Nosso 
bem estar deve ser uma de nossas busca e encontrá-lo deve ser uma 
conquista maravilhosa, pois quando não estamos bem emocionalmente 
acabamos sendo atingidos também em todos os outros aspectos de nossa 
vida. E interfere principalmente em nossa vida espiritual.
Jefté
 nos deixa um exemplo grandioso de alguém muito bem preparado como 
guerreiro, mas com problemas emocionais que acabaram por trazer tristeza
 a seu coração.
Jefté
 era um filho bastardo, em uma época que isto por si só já era um 
problema, mas seus problemas iam adiante, ele também fora expulso da 
casa paterna por seus próprios meios-irmãos e com a anuência de seu pai.
Desorientado,
 ele foi viver no meio de pessoas de comportamento violento, com 
propósito de vida diferente dos seus e neste lugar constituiu família. E
 uma família que seguia os preceitos religioso que ele conhecera na 
infância, afinal, mas na frente notamos a atitude de sua filha, que quis
 cumprir o voto que o pai fizera.
Voltemos
 a Jefté. Ele cresceu e se tornou um homem valente e respeitado. Quando o
 povo de Israel teve problemas com seus inimigos, lembraram-se dele e 
foram ter com ele. Isto prova que ele adquirira sua fama com trabalho 
árduo e que não se deixou contaminar pelas companhias que adquiriu na 
vida, por estar exilado de sua família e de sua fé. 
O
 tempo passou, como já dito e ele foi escolhido para ser príncipe e juiz
 de Israel e, o convite partiu da casa de seu pai e irmãos. 
Jefté
 aceitou, foi a guerra, venceu-a, mas ao retornar à sua casa, trazia 
consigo uma promessa feita em um momento de fraqueza e esta mudou sua 
história. Jefté prometera dar a Deus a primeira pessoa que lhe saísse ao
 encontro, quando retornasse ao lar.
Este
 seu momento de fraqueza aconteceu exatamente quando ressurgiu no 
guerreiro as tristezas acumuladas pelo menino que ele fora. Por alguns 
minutos transpareceu abaixo do verniz de grande homem, o rosto sem 
esperança do menino sem esperanças e foi neste instante que ele agiu 
errado. Fez uma promessa no auge dos acontecimentos. Quando chegou em 
casa foi sua única filha que lhe saiu ao encontro. 
Como homem fiel e líder de respeito, Jefté permaneceu firme ao seu propósito e cumpriu a promessa feita. 
Dias
 depois de sua chegada, sua filha foi servir a Deus longe dele. Embora 
esta questão seja costumeiramente tomada como argumentação para 
discussões baratas sobre a morte desta jovem, vale lembrar que ela não 
foi sacrificada, apenas deixou o convívio familiar, indo servir no 
templo.
É bom relembrar que o Senhor proibia holocausto humanos (Levítico 18:21).
 A jovem saiu para chorar seus dias, pois sabia que acabaria nela a 
semente de se pai, por ser ela filha única. Não foi em uma atitude 
promíscua ou desrespeitosa que ela resolveu chorar sua virgindade, é 
algo mais profundo, afinal desde o Éden as famílias esperavam o 
nascimento do Messias prometido, com seu novo destino, ela sabia que 
acabava as chances de sua família vir um dia gerar o Salvador de Israel.
Jefté
 esqueceu que Deus chama para dar e não para tirar. Infelizmente muitas 
vezes agimos como este guerreiro e queremos barganhar com o Senhor, 
fazer negócios para levar vantagem. Ao fazer aquela promessa, ele sabia 
que poderia sair dali uma pessoa amada, ele só não sabia que seria sua 
única filha. Conhecedor da Lei de Moisés, ele não sacrificaria sua filha
 por saber ser isto desagradável aos olhos do Senhor. Na verdade ela foi
 servir junto com outras mulheres na congregação  (Êxodo38 – 8).
 Consagrar um filho ao Senhor era algo comum naquela época, o que era 
comum em Israel. É bom lembrar também que Jefté tornou-se um herói da 
f;e e que seu nome figura na Galeria da Fé em Hebreus, e onde não 
figuraria se fosse um assassino, idolatra 
Que jamais esqueçamos desta história, pois quando agimos de forma precipitada, estamos correndo o risco de passarmos por tolo.


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