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domingo, 16 de agosto de 2015

Sobre minha Família e a Igreja de São Pedro da União

     
    No dia 12 de Julho, passado próximo, fui  ungido a Bispo. E quem me conhece , sabe que este é apenas um título, uma honra que nem sei se mereço, mas agradeço por ter sido escolhido pra esta consagração. Mas neste mesmo dia 12 aconteceram outras coisas em minha vida e com minha família. O Ministério pessoal de meus pais completou 50 anos e todos nós, amigos e familiares comemoramos este evento, afinal, são 50 anos de serviços prestados ao Senhor. Anos estes em que com suas vidas e testemunho,  trouxeram muitos outros à Cristo e puderam influenciar, positivamente, a vidas de muitas pessoas, incluindo nesta lista eu, o mais teimoso destes e que me demorei a vir para o Evangelho. Só que hoje não vou falar de meus pais, a missionária Elisabeth já o fez em uma postagem no site da Igreja. Vou falar sobre meus filhos.
Tanto o Carlos  Alexandre, quanto o Diogo, também foram ungidos neste dia. O Diogo ao Diaconato e o Carlos  Alexandre ao Presbitério.  Sobre o Diogo, por enquanto, é só o que tenho a dizer, talvez porque palavras agora não sejam suficientes para expressar nosso atual momento. Me alongarei falando um pouco mais sobre o Carlos Alexandre e sua esposa Michelli, esta que se tronou minha filha desde que entrou na vida de meu  filho.  E nisto tanto ele quanto o Diogo são iguais, não me deram nora, escolheram para si esposas dignas de serem chamadas companheiras, que os auxiliam na caminhada e ainda conquistaram este velho babão, que as ama como filhas que se tornaram.
No dia 12 Carlos Alexandre e Michelli foram chamados à frente para que ele fosse consagrado Presbítero e ela estivesse mais uma vez ao lado dele, galgando o mesmo degrau. Foi um momento maravilhoso. Via ali, ajoelhado, aquele filho que me deu tanto trabalho, mas que venceu os seus piores obstáculos e tem seguido em frente, contornando os que não pode enfrentar, fugindo da aparência do mal e lutando cada dia mais para ser um homem melhor, uma pessoa digna.
Dia 12 de julho de 2015 tornou-se um marco em nossa Família e em nossa Igreja. Há muito eu vinha ensaiando ficar em São Pedro da União, em Minas Gerais, sede de nossa Igreja e onde temos outras congregações, mas havia outro problema, temos membros em Mogi-Guaçu e estes também precisam de minha atenção. Mas a balança pendia para São Pedro da União pois meus pais estão lá há anos e não seria inteligente romper laços com a vida deles ali, para traze-los para Mogi-Guaçu, mesmo que assim ficassem mais perto de minha irmã Sirlene e de seus filhos e agora, de mim.
No dia 12 esta preocupação acabou. Ao ser ungido Presbítero,  meu filho resolveu romper seus laços externos com a  cidade de São Paulo e seguir para São Pedro da União, para ficar com os avós e ajuda-los nas Igrejas de Minas Gerais. Embora espere sempre que meus filhos tenham atitudes audaciosas, pois é do temperamento deles, herdaram isso de mim, me surpreendi com a atitude dele em aceitar para si esta responsabilidade. Isto porque, como vocês sabem, na nossa Igreja pastor não vive da pele das ovelhas, pastor tem que trabalha e ainda supri o que as seus membros precisam. E onde isso aperta? Meus filhos foram criados na cidade, nada sabem de plantação de café ou de ordenhar vaca e com meus pais o que eles terão que fazer para suprir suas necessidades e da Igreja é plantar café e cuidar da terra. Confesso que não espero que se tornem grandes cafeicultores, embora possa esperar sim isso da Michelli, que tem uma têmpera muito mais parecida com a minha, neste aspecto, mas espero que mais uma vez eles me surpreendam.
Hoje, olho e vejo o resultado desta escolha que eles fizeram, ela abandonou sua Livraria, ele seu cargo na Empresa que trabalhava e seguiram rumo ao desconhecido. Vejo-os felizes ao lado de meus pais, zelando da Igreja e dos avós com carinho e determinação, como seria esperado. Vejo-os aguentando tudo com a audácia de sempre, passando pelos enfrentamentos comuns de estar em um lugar novo e diferente de tudo o que viveram até aqui, lidando com pessoas que estavam acostumados com a liderança de meus pais, pessoas que talvez esperassem elas darem continuidade no trabalho destes valorosos soldados de Cristo, inclusive por minha postura de não impor meus filhos como líderes nas Igrejas. Mas neste momento, as coisas aconteceram desta forma, eu vim para Mogi-Guaçu e não sozinho, como falarei em outra  oportunidade e mesmo assim as Igrejas de São Pedro da União permanecerão tendo assistência da Família Pastoral, já que lá continuam meus pais e meus filhos, Carlos Alexandre e Michelli.

Me orgulho dos filhos que Deus me deu. Amo-os com sinceridade. Confio a eles meus pais e meu Ministério, tanto o pessoal, quanto no que se refere a Igreja, sei que não falharão comigo, pois o compromisso deles todos não é com o pai da terra, eu, este velho orgulhoso, mas com o Pai Celestial, que tirou a todos nós do lamaçal do pecado e trouxe-nos para sua maravilhosa Luz, dando-nos ainda o privilégio de vivermos uma vida para Cristo. Mais uma vez agradeço a Deus e a eles, Carlos Alexandre e Diogo por me serem filhos tão amados, às minhas filhas Michelli, Paula e minha neta Nicolly, por serem todos, parte de mim, pessoas das quais um dia prestarei conta, não só como Família que são, mas como ovelhas que Deus colocou em meu rebanho particular para zelar com amor e cuidado. Obrigado filhos, por tudo.

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