Tanto o Carlos Alexandre, quanto
o Diogo, também foram ungidos neste dia. O Diogo ao Diaconato e o Carlos Alexandre ao Presbitério. Sobre o Diogo, por enquanto, é só o que tenho
a dizer, talvez porque palavras agora não sejam suficientes para expressar
nosso atual momento. Me alongarei falando um pouco mais sobre o Carlos
Alexandre e sua esposa Michelli, esta que se tronou minha filha desde que
entrou na vida de meu filho. E nisto tanto ele quanto o Diogo são iguais,
não me deram nora, escolheram para si esposas dignas de serem chamadas companheiras,
que os auxiliam na caminhada e ainda conquistaram este velho babão, que as ama
como filhas que se tornaram.
No dia 12 Carlos Alexandre e Michelli foram chamados à frente para que
ele fosse consagrado Presbítero e ela estivesse mais uma vez ao lado dele,
galgando o mesmo degrau. Foi um momento maravilhoso. Via ali, ajoelhado, aquele
filho que me deu tanto trabalho, mas que venceu os seus piores obstáculos e tem
seguido em frente, contornando os que não pode enfrentar, fugindo da aparência
do mal e lutando cada dia mais para ser um homem melhor, uma pessoa digna.
Dia 12 de julho de 2015 tornou-se um marco em nossa Família e em nossa
Igreja. Há muito eu vinha ensaiando ficar em São Pedro da União, em Minas
Gerais, sede de nossa Igreja e onde temos outras congregações, mas havia outro
problema, temos membros em Mogi-Guaçu e estes também precisam de minha atenção.
Mas a balança pendia para São Pedro da União pois meus pais estão lá há anos e
não seria inteligente romper laços com a vida deles ali, para traze-los para Mogi-Guaçu,
mesmo que assim ficassem mais perto de minha irmã Sirlene e de seus filhos e
agora, de mim.
No dia 12 esta preocupação acabou. Ao ser ungido Presbítero, meu filho resolveu romper seus laços externos
com a cidade de São Paulo e seguir para
São Pedro da União, para ficar com os avós e ajuda-los nas Igrejas de Minas
Gerais. Embora espere sempre que meus filhos tenham atitudes audaciosas, pois é
do temperamento deles, herdaram isso de mim, me surpreendi com a atitude dele
em aceitar para si esta responsabilidade. Isto porque, como vocês sabem, na
nossa Igreja pastor não vive da pele das ovelhas, pastor tem que trabalha e
ainda supri o que as seus membros precisam. E onde isso aperta? Meus filhos
foram criados na cidade, nada sabem de plantação de café ou de ordenhar vaca e
com meus pais o que eles terão que fazer para suprir suas necessidades e da
Igreja é plantar café e cuidar da terra. Confesso que não espero que se tornem
grandes cafeicultores, embora possa esperar sim isso da Michelli, que tem uma
têmpera muito mais parecida com a minha, neste aspecto, mas espero que mais uma
vez eles me surpreendam.
Hoje, olho e vejo o resultado desta escolha que eles fizeram, ela
abandonou sua Livraria, ele seu cargo na Empresa que trabalhava e seguiram rumo
ao desconhecido. Vejo-os felizes ao lado de meus pais, zelando da Igreja e dos
avós com carinho e determinação, como seria esperado. Vejo-os aguentando tudo
com a audácia de sempre, passando pelos enfrentamentos comuns de estar em um
lugar novo e diferente de tudo o que viveram até aqui, lidando com pessoas que
estavam acostumados com a liderança de meus pais, pessoas que talvez esperassem
elas darem continuidade no trabalho destes valorosos soldados de Cristo, inclusive
por minha postura de não impor meus filhos como líderes nas Igrejas. Mas neste
momento, as coisas aconteceram desta forma, eu vim para Mogi-Guaçu e não
sozinho, como falarei em outra
oportunidade e mesmo assim as Igrejas de São Pedro da União permanecerão
tendo assistência da Família Pastoral, já que lá continuam meus pais e meus filhos,
Carlos Alexandre e Michelli.
Me orgulho dos filhos que Deus me deu. Amo-os com sinceridade. Confio a
eles meus pais e meu Ministério, tanto o pessoal, quanto no que se refere a
Igreja, sei que não falharão comigo, pois o compromisso deles todos não é com o
pai da terra, eu, este velho orgulhoso, mas com o Pai Celestial, que tirou a
todos nós do lamaçal do pecado e trouxe-nos para sua maravilhosa Luz, dando-nos
ainda o privilégio de vivermos uma vida para Cristo. Mais uma vez agradeço a
Deus e a eles, Carlos Alexandre e Diogo por me serem filhos tão amados, às
minhas filhas Michelli, Paula e minha neta Nicolly, por serem todos, parte de
mim, pessoas das quais um dia prestarei conta, não só como Família que são, mas
como ovelhas que Deus colocou em meu rebanho particular para zelar com amor e
cuidado. Obrigado filhos, por tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fale, critique, pergunte, fique a vontade para sugerir e para reclamar também.
E se você é polêmico, como eu, este é o lugar para falar o que quiser.
Só serão bloqueados comentários com Spam, palavras chulas e desrespeito aos outros comentaristas.
Seja bem vindo.